Internacional: CReCER – A importância da asseguração para os relatórios de sustentabilidade

Por Ingrid Castilho
Comunicação do CFC

O trabalho de asseguração dos auditores independentes também foi tema de discussões da 11ª edição da Conferência Regional de Transparência e Responsabilidade pelo Crescimento Econômico Regional (CReCER), nesta quarta-feira (10), em São Paulo.

O painel foi conduzido pelo diretor técnico do Ibracon, Rogério Mota, e contou com a presença da representante da Superintendência de Normas Técnicas da Comissão de Valores Imobiliários, Cynthia Braga; da superintendente de Sustentabilidade do Grupo CCR, Onara Lima; co-CEO da presidencia do International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba, sigla em inglês), Tom Seidenstein.

A asseguração é um trabalho que visa obter evidências sobre os dados expressos em relatórios e dar credibilidade aos usuários sobre resultados da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis. A discussão do painel trouxe as preocupações da categoria sobre o como será feito esse serviço sob os relatórios de ESG.

Seidenstein destacou que “não se pode atingir confiança sem asseguração. É um ponto fundamentall sobre um sistema de divulgações confiáveis. Assim, ela deve ter linhas padronizadas globais para gerar maior confiança”.

Onara Lima complementou que o tema do ESG (Environmental, Social and Governance) é mais amplo do que sustentabilidade. Dessa forma, ela entende que para a aplicação das normas voltadas ao tema poderia acontecer de forma gradual. Ela também expressou uma preocupação, de “mesmo empresas muito maduras nas informações [de sustentabilidade], deixam muitas dúvidas sobre a transparência dos dados, especialmente o que são negativos”.

Para Cynthia Braga, no campo da asseguração, “tudo o que envolve a sustentabilidade trata-se de uma jornada de aprendizado e de uma curva de como vamos evoluir”. Ela entende que “antes de falar sobre capacitação, precisamos falar sobre padronização. A convergência de indicadores para um único padrão facilitaria a leitura desses indicadores”.

O painel foi finalizado pelo diretor do Ibracon, Rogério Mota, que salientou mais uma vez a importância do estabelecimento de um padrão internacional para os relatórios de sustentabilidade. Dessa forma, será mais fácil combater questões dupla materialidade e o próprio Greenwashing, pois elas afetam não só os investidores, como toda a sociedade.