Por Rafaella Feliciano
Comunicação CFC
Mais de 600 pessoas participaram, na última sexta-feira (17), da abertura da 5º Convenção de Contabilidade do Estado de Rondônia. Com o tema “Pensando o negócio contábil fora da caixa”, o encontro reuniu profissionais da contabilidade, alunos, empresários contábeis, autoridades, especialistas e acadêmicos em um grande debate sobre os avanços tecnológicos e as transformações que estão surgindo no dia a dia da classe contábil.
“Muitos disseram que a tecnologia seria capaz de nos substituir. No entanto, a realidade mostra o contrário. A contabilidade é a profissão que mais cresce no País. Temos um número cada vez maior de alunos que buscam os cursos de Ciências Contábeis. São indicadores claros que mostram que a profissão não está em declínio, mas em ascendência”, disse o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Zulmir Breda, durante a solenidade de abertura do encontro.
Segundo ele, a tecnologia caminha com a classe contábil há 30 anos e os profissionais estão acostumados com as adaptações impostas pelos avanços digitais. Para Zulmir Breda, o grande desafio, na verdade, está na transformação do perfil do profissional da contabilidade, que precisa assumir o papel de ator estratégico dentro das organizações e na sociedade. “Acolhemos, aprendemos e utilizamos as ferramentas tecnológicas o tempo todo em nossa rotina de trabalho. Mas precisamos estar preparados para as mudanças. Buscar capacitação, qualificação técnica, otimização do tempo, além da habilidade de relacionamento, comunicação e gestão, são essenciais para acompanharmos as transformações”, completou o presidente do CFC.
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Rondônia (CRCRO), Joelso Tavares de Andrade, explicou que, seguindo a linha das disrupturas que a tecnologia impõe, a ideia da 5ª Convenção é utilizar o tema inovação para fomentar a discussão entre os participantes e incentivar o “pensar fora da caixa”. “Enfrentamos, todos os dias, novos desafios e grandes cenários. Estamos a bordo de uma revolução que, em pouco tempo, transformará, ainda mais, a forma como vivemos, trabalhamos e convivemos. Precisamos usar a nossa capacidade de dinamismo e resiliência para a adaptação. A inteligência artificial é uma realidade, mas ela nunca substituirá o profissional antenado aos novos tempos”, ressaltou Joelso.
A vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRO, Ana Paula de Lima Fank, disse que a escolha do tema para a convenção foi um grande desafio. De acordo com ela, a decisão veio de uma latente necessidade expressada no dia a dia dos mais de quatro mil profissionais da contabilidade do Estado. “Nós temos duas saídas: ou estagnamos, ou evoluímos. A escolha está em nossas mãos. Por onde vamos seguir?”, instigou a plateia durante o encontro.
Também participaram do evento a vice-presidente do Desenvolvimento Profissional do CFC, Lucelia Lecheta; a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, Márcia Alcazar; e os conselheiros José Domingos Filho (conselheiro suplente do CFC), e João Altair Caetano dos Santos, atualmente, Secretário Municipal de Fazenda da cidade de Porto Velho.
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