Por Rafaella Feliciano
Comunicação CFC
“O fortalecimento do Controle Social da gestão pública é medida imperiosa, que precisa ser apoiada pelos profissionais da Contabilidade, pois possuímos o conhecimento e a familiaridade com a gestão das organizações e podemos, sim, emprestar valorosa colaboração nessa causa, que é de todos nós”. A mensagem é do presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Zulmir Breda, que participou, nesta terça-feira (7), do lançamento regional do projeto Abraçando o Controle Social, em Campo Grande (MS).
A iniciativa tem como propósito conscientizar os profissionais da Contabilidade, e gestores de controle interno das entidades públicas, sobre o papel fundamental desses atores para o funcionamento dos mecanismos de controle social, levando informações aos municípios e difundindo as boas práticas de controle social. O objetivo é que a classe Contábil possa estar engajada na promoção do desenvolvimento de uma consciência coletiva, com responsabilidade social, visando uma administração pública mais transparente e sustentável.
“O projeto representa a consolidação da participação da Classe Contábil, no que podemos chamar de uma verdadeira revolução silenciosa e pacífica que vem acontecendo no Brasil: a participação da sociedade civil no controle social da gestão pública”, reforçou o presidente do CFC.
Mato Grosso do Sul é o segundo estado a receber a iniciativa que faz parte de uma parceria firmada entre o CFC; a Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon); a Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC); e o Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci).
Durante o encontro, a presidente do CRCMS, Iara Sônia Marchioretto, lembrou que o projeto é integrado pela dedicação voluntária dos profissionais e, nesse sentido, destacou também a importante atuação do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC) que possui, em todo o País, mais de sete mil participantes. “Quero convidar os nossos profissionais para integrar as ações voluntárias doando parte de seu tempo para melhorar a realidade do nosso país”.
Outro parceiro do projeto em Mato Grosso Sul é o Observatório Social de Campo Grande. “Não é objetivo dos Observatórios Sociais realizar um caça às bruxas. O que queremos, na verdade, é auxiliar na prevenção do desvio de dinheiro público para que essa prática não aconteça e ser parceiro do CFC nessa missão é um grande passo”, explicou Hugo de Oliveira, vice-presidente da entidade no estado para Assuntos Institucionais. O Observatório Social do Brasil conta com o apoio do CFC desde a sua criação e, atualmente, muitos profissionais da contabilidade participam das mais de 130 unidades implantadas em 16 estados brasileiros.
O lançamento do projeto aconteceu durante o 1º Seminário Estadual de Controle Social, Transparência e Probidade Pública, realizado, entre outros parceiros, pelo Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do Sul (CRCMS), junto com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Mato Grosso do Sul (OAB/MS).
Para o presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, a parceria impactará positivamente na qualidade da gestão pública do estado. “Queremos transferir à população uma sensação de cumprimento da democracia. Daqui pra frente, estaremos ainda mais atentos à atuação dos gestores públicos trazendo uma visão de transparência e probidade”, afirmou.
Segundo Fábio Goldfinger, assessor especial do Procurador Geral da Justiça de Mato Grosso do Sul, o projeto também precisa ser reconhecido como uma ferramenta de combate à corrupção. Ele ainda ressaltou a importância da classe contábil nesse processo: “O Ministério Público não consegue êxito em uma ação de improbidade sem a ajuda do profissional da contabilidade. Vocês (contadores) são a engrenagem que falta para o eficaz combate à corrupção e o MP precisa mais dessa classe”.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul, deputado estadual Junior Mochi (PMDB-MS), também prestigiou o evento e reforçou a necessidade da participação da sociedade sobre a efetividade dos gastos públicos. “Estamos na travessia entre o País que temos e o país que queremos. E, isso, perpassa pelo cidadão que somos e aquele que queremos ser. Precisamos nos empoderar do controle social para, de fato, termos uma administração mais justa e democrática”, finalizou.
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