Por Lorena Molter
Comunicação CFC
Elas são conhecidas por gerar vidas, por cuidar, por proteger, por abrir mão delas mesmas em favor dos seus. Elas são sinônimo de abnegação e de amor. Elas são força, sabedoria e, por que não dizer, inspiração?
A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Sergipe (CRCSE), Maria Salete Barreto Leite, que o diga. A empresária contábil tem duas filhas, Fernanda Fontes e Leda Leite, que seguiram os seus passos e se tornaram contadoras. A presidente resume em uma palavra o sentimento de ver as suas filhas seguirem a mesma profissão: orgulho, e conta o caminho percorrido por suas filhas. “Apesar de não interferir na decisão delas na escolha da profissão, elas optaram por seguir a carreira da mãe, são profissionais competentes. Ambas atuam hoje na área pública, porém trabalharam em nossa empresa. São exemplos de profissionais”, afirma.
Orgulho é a mesma palavra utilizada pelas empresárias contábeis Silvia Dahmer e Sonia Barbosa para descrever o sentimento de ver as suas filhas seguirem a mesma profissão. Silvia é mãe de Paula Dahmer Reis e atua na jurisdição do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS). A contadora destaca a sensação de saber que foi uma profissional que, de alguma forma, influenciou na escolha filha. “Sou uma apaixonada pela profissão contábil e acho que consegui transmitir isso aos meus filhos”, explica. Além de Paula, ela possui outros dois filhos. O mais novo, Jorge Gustavo Rodrigues Filho, está finalizando a faculdade de Ciências Contábeis.
Já a conselheira do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), Sonia Barbosa, percebeu na filha, Fernanda de Carvalho, aptidão para a Contabilidade e a estimulou a seguir nessa área. “Desde o início, sempre a incentivei por perceber que ela tem vocação para a Contabilidade, mas a decisão de fazer a graduação foi dela. Fiquei muito feliz com a escolha e, principalmente, com o seu desenvolvimento”, diz.
Parceria que fortalece
O profissional da contabilidade precisa estudar durante toda a vida para assessorar, com excelência, os clientes. Isso porque a atividade contábil acompanha a economia e o mercado que estão em constante transformação. Ao mesmo tempo, uma série de normativos são publicados e editados todos os anos, o que exige atualização constante.
Parceiras na vida, essas mães e filhas contadoras também se apoiam na caminhada profissional, aprendendo juntas e trocando experiências. Silvia conta que, este ano, concluiu um curso de Gestão em Empresas de Serviços Contábeis ao lado da filha e diz que gostou da experiência. “Compartilhar esses momentos como colegas de estudo foi maravilhoso”.
Esse crescimento conjunto e apoio mútuo podem ocorrer até mesmo quando mãe e filha escolhem áreas diferentes da contabilidade para atuar, como explica Sonia Barbosa. “Apesar de exercermos atividades diferentes (eu atuo em escritório e ela na perícia), a troca de informações é constante. Sempre assistimos a palestras, vamos a congressos, trocamos informações de cursos. As atividades acabam se completando”, conclui.
Maria Salete resume essa vivência em uma frase: “Os conhecimentos são somados e aplicados na vida profissional de todas nós.”
A filha que caminha ao lado da mãe
Na jurisdição do Conselho Regional de Contabilidade de Roraima (CRCRR), atuam as profissionais da contabilidade Manuella e Mônica Ferraz. A história de ambas na área contábil começou no mesmo dia. Mãe e filha estudaram juntas no curso de Técnico em Contabilidade, inspiradas na profissão do pai de Manuella, que é contador. Ao concluírem essa etapa, decidiram ingressar, também unidas, em duas faculdades: Ciências Contábeis e Administração de Empresas.
Primeiro iniciaram a graduação em Administração e dois anos depois, simultaneamente, cursavam Ciências Contábeis. Contudo, nesse percurso, algo inesperado aconteceu: Mônica passou por uma cirurgia e, durante o procedimento, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Diante dessa situação, foi necessário trancar as suas duas faculdades.
Manuella continuou e concluiu as faculdades e relata que os colegas de curso de ambas, da graduação em Ciências Contábeis, decidiram homenagear a sua mãe. A turma foi batizada com o nome completo de Mônica na formatura.
Há mais de 20 anos, as duas mulheres seguem juntas na vida e na profissão. Mesmo com algumas sequelas do AVC, Mônica continua indo ao escritório da família, que também conta com o trabalho do irmão e do pai de Manuella, Pedro Henrique Ferraz e Pedro Ferraz, respectivamente. “Até hoje, a minha mãe vem ao escritório todos os dias e acompanha o andamento dos trabalhos. Ela não tem mais habilidades para isso [o trabalho], devido ao AVC que ela teve, mas ela faz questão de vir ao escritório”.
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