Thais Loiola
CRCPI
“Inteligência Artificial: neurociência, ética e gestão empresarial.” Com este tema, foi aberta a tarde da quinta-feira (21) no XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista.
Controversa e palpitante, a Inteligência Artificial (IA) ainda é motivo de incertezas e dúvidas, especialmente no campo da gestão, sobretudo porque é desconhecida por muitos devido à sua profundidade. Uma parte desta tão “temerosa” IA foi trazida à luz por duas grandes representantes do sexo feminino no XIII ENMC.
Com expertise e conhecimento, Dora Kaufman e Caroline Baldasso tiveram falas envolventes e elucidativas sobre a Inteligência Artificial na atualidade. Dora é professora da PUCSP, doutora pela USP, pós-doutorada pela COPPE-UFRJ e pelo TIDD PUCSP, além de ser colunista na Revista Época Negócios. Caroline é neurocientista comportamental, com mestrado pela Universidade de Pisa. Ambas foram unânimes: a Inteligência Artificial não vai substituir os seres humanos.
Para Dora Kaufman, a IA alcançou um patamar incrível, e o que existe hoje, especialmente em questão de tecnologia, possui um nível bem elevado. No entanto, ainda há espaço para crescimento.
“Do ponto de vista da gestão, a Inteligência Artificial ainda precisa avançar muito, pois são necessários mais dados de qualidade. A IA está mudando nossas vidas, mas ainda há muitas restrições e devemos ter cuidado”, alertou a professora, que é uma entusiasta do tema.
“Apesar do nível elevado, a IA não consegue alcançar a potência do cérebro humano.” A neurocientista Caroline Baldasso fez essa afirmação com ênfase. Segundo ela, não há nada mais fascinante do que o cérebro. No entanto, toda a potência do órgão ainda está fincada em um ambiente desconhecido.
Como estudiosa da área, Baldasso ratifica que a IA é esplêndida, mas que jamais ocupará o espaço dos seres humanos. “Não é possível reproduzir toda a capacidade do cérebro humano na Inteligência Artificial. Por isso, você nunca será substituído pela IA, mas poderá ser substituído por alguém que a domine”, destacou a neurocientista.
O painel teve moderação de Guilherme Sturm.
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