ENMC 2025 promove reflexão sobre feminicídio e violência contra a mulher

Por Gabriela Cavalcante
Comunicação CRCRN

Na tarde do dia 26 de setembro, o 14º Encontro Nacional da Mulher Contabilista (ENMC) abriu espaço para um tema urgente e que transcende fronteiras profissionais: o enfrentamento à violência de gênero. O painel “Feminicídio e a violência contra a mulher” reuniu especialistas para discutir os desafios enfrentados pelas mulheres e o papel das políticas públicas no combate a essa realidade que ainda assombra o país.

A mesa contou com a participação da delegada Ângela Maria dos Santos, chefe da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Discriminação (PCDF), e da vereadora Indiara Barbosa, de Curitiba, reconhecida por sua trajetória de liderança política e atuação em pautas ligadas à fiscalização e empreendedorismo. A mediação foi conduzida por Cláudia Leite, vice-presidente de Registro do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte (CRCRN).

Durante a discussão, foram apresentados dados sobre feminicídios e violências invisíveis que ainda acontecem dentro de lares brasileiros. Para Cláudia Leite, o painel trouxe a chance de sensibilizar não só as mulheres, mas toda a sociedade. “Mesmo em um congresso voltado à Contabilidade, esse é um tema que precisa ser discutido por todo mundo. Não apenas em eventos, mas dentro de casa, conscientizando nossos filhos para que, no futuro, não sejam agressores. É preciso mudar essa cultura patriarcal e machista que ainda persiste”, destaca.

“Vamos contribuir com reflexões sobre o papel do Poder Legislativo para criar e fiscalizar políticas públicas que garantam a proteção das mulheres”, conta Indiara Barbosa, que também integra o Instituto Paranaense da Mulher Contabilista (IPMCONT) e o grupo MEX – Mulheres Executivas.

A delegada Ângela Maria dos Santos apresentou a sua experiência de 26 anos na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e destacou os avanços e os desafios no enfrentamento à violência contra a mulher. “Precisamos combater e evitar o feminicídio, porque hoje temos uma pandemia, infelizmente. E quero parabenizar o congresso por trazer um tema tão importante”, concluiu.

O painel foi marcado pelo engajamento do público. A mensagem central foi clara: enfrentar o feminicídio é uma responsabilidade coletiva, que exige consciência, ação e mudança cultural.

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