Por Lorena Molter
Comunicação CFC/Apex
A convergência das Normas Internacionais de Contabilidade foi tema de palestra na XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e da XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CCRS) nesta quarta-feira (20). Na ocasião, o coordenador de Impostos do Editorial-Tributário da IOB, Valdir Amorim, falou dos impactos da internacionalização das normas contábeis no cenário tributário brasileiro. A conversa foi mediada pelo vice-presidente de Controle Interno do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), Vilson José Fachin.
A finalidade da exposição foi, justamente, apresentar ao público os efeitos do trabalho de convergência, como explicou Amorim. “O objetivo dessa palestra é apresentar os impactos gerados pela harmonização da contabilidade brasileira perante as Normas Internacionais de Contabilidade, mas conhecida por IFRS [sigla em inglês], no cenário tributário brasileiro.
A adesão do Brasil a uma linguagem universal nos negócios é fundamental para o país. Isso porque, como lembrou o palestrante, as empresas estão inseridas em um cenário global de negócios, interagindo com atores de diferentes partes do mundo. Dessa forma, torna-se essencial que se fale a mesma língua. Amorim ainda menciona mais um aspecto que explica a necessidade dessa harmonização. “A contabilidade é utilizada para avaliar investimentos econômicos e seus riscos em um nível internacional”, afirmou. Além disso, esse trabalho contribui para que a contabilidade conquiste o aumento da confiabilidade em relação ao público externo, a partir da ampliação da transparência e da segurança na entrega das informações contábeis. O palestrante, inclusive, citou quem são os interessados nesse trabalho de harmonização, sendo eles investidores, administradores, analistas financeiros, empresas internacionais de contabilidade e multinacionais.
Durante o evento, Amorim alertou os participantes que todas as empresas brasileiras estão obrigadas às Normas Internacionais de Contabilidade, por meio de uma série de normas que envolvem desde os pequenos até grandes negócios.
Essa adesão não é apenas obrigatória. A convergência traz, na realidade, benefícios tanto para o país como para as próprias empresas. Entre as vantagens elencadas por Amorim estão a facilidade na comunicação internacional, com uma linguagem mais homogênea, principalmente em relação à estrutura patrimonial; sistema de informações contábeis mais homogêneos; informações contábeis muito mais objetivas; e eliminação de incertezas ao analisar aspectos contábeis de uma organização, o que gera mais confiabilidade.
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