Por Lorena Molter
Comunicação CFC/Apex
Na última década, a gestão do patrimônio público passou por uma série de transformações, a partir da mudança e da criação de novas normas. Dentro desse outro cenário, a necessidade do envolvimento da contabilidade nesses processos se tornou realidade nas organizações. Contudo, mais do que cumprir uma obrigação, os profissionais podem ir além e obter resultados mais satisfatórios, por meio do uso da tecnologia e da criatividade.
O contador, escritor e professor Diogo Duarte explicou aos participantes da XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC) e da XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CCRS), na tarde desta quarta-feira (20), como gerir o patrimônio público e desenvolver inventários com inovação, criatividade e estratégia.
Na palestra “Técnicas inovadoras de controle patrimonial no setor público”, Duarte deu dicas ao público sobre o tema. A primeira orientação envolve o controle físico dos bens. Sobre o assunto, o palestrante disse ser necessário analisar a realidade da organização para definir se deve ser mantido o controle por código de barras ou se o local possui estrutura técnica para adoção de códigos QR ou mesmo se cabe o investimento em identificação por radiofrequência ou Radio Frequency Identification (Rfid), em inglês. Durante essa observação, também é preciso estudar a relação custo-benefício para a tomada de decisão.
O contador ressaltou, ainda, que a conscientização da equipe é mais importante do que o investimento em novos sistemas. “O que é mais eficiente: a melhor tecnologia ou a capacitação de pessoal? Pessoal sempre! Porque, se a pessoa não sabe para que serve o controle patrimonial, a bagunça será eterna”, enfatizou.
A partir desse pensamento, o palestrante levou o público ao segundo ponto a ser observado. Segundo Duarte, a gestão das pessoas, é essencial. Isso envolve o preparo das equipes para o controle do patrimônio. A sugestão de ação, neste caso, é realizar um programa anual de inventário, capacitar as chefias e descentralizar o patrimônio para melhorar o controle. No entanto, de acordo com Duarte, deve existir um setor de patrimônio central para padronizar as atividades e para o qual os demais prestarão contas.
Por fim, a terceira dica está relacionada à contabilidade e propõe que se façam notas explicativas claras e registros fidedignos e, ainda, que seja dado apoio técnico ao setor de patrimônio.
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