Por Lorena Molter
Comunicação CFC/Apex
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) realizou, na última terça-feira (6), um webinar sobre a Circular Susep nº 616, de 13 de outubro de 2020, e as orientações a respeito da execução dos trabalhos de auditoria contábil.
O vice-presidente Técnico do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e membro do Conselho de Administração da Federação Internacional dos Contadores (Ifac), contador Idésio da Silva Coelho Júnior, e o coordenador de Regulação Contábil e Provisões Técnicas da Susep, Gabriel Caldas, estiveram presentes no evento. O encontro virtual contou com a moderação e a apresentação da diretora Técnica do Ibracon, Carla Bellangero, e com as palestras da gerente Técnica do Ibracon, Adriana Caetano, e da coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Seguradoras do Ibracon, Érika Ramos, que explicaram os pontos principais da norma e também esclareceram as dúvidas enviadas pelo público.
Na ocasião, Bellangero destacou a importância do trabalho conjunto entre os órgãos e entidades que regulam o mercado, como o que é feito pelo Ibracon e pela Susep, com o apoio e a participação do CFC. “A gente deixa aqui um legado para o mercado de um importante marco que é trazer e contribuir com a transparência do processo de auditoria das demonstrações financeiras”, afirmou.
Já Caldas falou sobre a importância dos auditores para o controle e a transparência dos processos. “Os auditores são parte do nosso mecanismo de supervisão. Nós temos braços limitados e os auditores são parceiros na supervisão”, ressaltou.
No encontro virtual, foram apresentados assuntos como os objetivos do Comunicado Técnico (CT) Ibracon nº 02/2021 e Comunicado Técnico de Auditoria (CTA) 31 do CFC, o Principal Assunto de Auditoria (PAA), a Materialidade, o Relatório Específico sobre Materialidade e o Apêndice 1 (B) do CT Exemplo de Relatório Específico.
Idésio Coelho analisou alguns pontos relacionados à motivação para emissão do Comunicado. O contador disse acreditar que o CT vai ampliar a aproximação entre auditores e reguladores. “Esse Comunicado Técnico, para as seguradoras que não são de capital aberto, vai estreitar o relacionamento com os membros do comitê de auditoria. Estreita, principalmente, no nível alto da equipe de auditoria porque haverá mais envolvimento na elaboração do relatório de auditoria que passa a ser menos padronizado e mais específico na situação em pauta”, explicou.
O vice-presidente Técnico do CFC também fez esclarecimentos sobre os PAAs. “Um ponto que nós enfatizamos muito quando esse novo relatório foi emitido, anteriormente, para o mercado aberto é que os Principais Assuntos de Auditoria não representam uma opinião, uma conclusão, sobre os assuntos específicos comentados. A conclusão do auditor continua sendo sobre as demonstrações contábeis como um todo”. E completou: “Os Principais Assuntos de Auditoria não têm finalidade de complementar alguma divulgação que não está na demonstração contábil. O PAA e o relatório, como um todo, contam a história da auditoria, não contam a história da demonstração contábil, nem a história da performance da companhia durante um período”, orientou.
A gravação do evento está disponível para os associados do Ibracon na área restrita do site do Instituto. Para acessar, clique aqui.
A reprodução deste material é permitida desde que a fonte seja citada.