Por Thiago Benevides
Comunicação CRCSP
A importância de as organizações fortalecerem seus processos de compliance, como promover políticas de governança que sejam realmente seguidas e o papel de todos na construção desta cultura, esses foram os tópicos principais do painel “Governança e Compliance”, tema apresentado pela diretora geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Valéria Café, e o project manager do Grupo de Trabalho de Integridade e Compliance do B20, Reynaldo Goto, com moderação da vice-presidente Técnica do CFC, Ana Tércia Lopes Rodrigues.
Valéria Café explicou como é a atuação do IBGC no incentivo às boas práticas de gestão e sobre os cinco princípios da governança corporativa: sustentabilidade, responsabilização, equidade, transparência e integridade. Ela explicou que o quinto princípio, o da integridade, foi adicionado na 6ª edição do Código de Governança Corporativa do IBGC por, entre outros motivos, ser um compromisso que as organizações assumem para que as boas práticas não fiquem apenas no discurso.
Reynaldo Goto falou na sequência sobre o que é o B20, fórum de negócios composto por líderes empresariais dos países membros do G20 responsável por enviar recomendações ao grupo de países. Ele fez um resumo sobre os assuntos em pauta no fórum empresarial e como os assuntos relacionados ao ESG e à promoção da ética no ambiente empresarial estão no centro de debate global.
A seguir, Valéria, Reynaldo e Ana Tércia debateram sobre a aderência às boas práticas nas empresas em um contexto global e sobre o papel de todos os envolvidos na construção de uma cultura comprometida com a ética nas organizações.
“O melhor sistema de compliance depende de propósito, de ele estar alinhado aos valores e à rotina da organização. E nenhum sistema é infalível se você não tiver o olhar para o indivíduo, para que cada membro da organização tome as decisões certas”, alertou Reynaldo Goto.
Ana Tércia destacou que a Contabilidade é elemento fundamental de todo programa de integridade e governança. “Os contadores nem sempre percebem que estão inseridos nos processos de integridade. A contabilidade é parte da estrutura de governança e temos que nos apropriar dos conceitos e estar atentos às recomendações relacionadas para que possamos exercer com propriedade essa função, que também é nossa responsabilidade”, lembrou a vice-presidente.
“Os cinco princípios da governança devem ser vivenciados no dia a dia de cada membro da organização. O nosso papel enquanto indivíduos, no nosso CPF, não no CNPJ, é o que fará a diferença nas decisões e determinará se ela terá uma conduta ética ou não”, concluiu a diretora geral do IBGC.
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O CBC
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