Por Comunicação Ibracon
Evento realizado anualmente pelo Ibracon aborda, este ano, temas polêmicos como as tecnologias disruptivas e a importância das boas prática
"Compliance regulatório para Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP)" foi o tema abordado no último painel desta segunda-feira, 26 de junho, primeiro dia da 7ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon.
A mediação do Painel foi realizada pela diretora de Firma de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP), Monica Foerster.
Sócio de uma firma de auditoria de pequeno porte, o auditor independente Paulo Carvalho destacou que a qualidade é o que realmente vai garantir que as empresas sobrevivam aos desafios, enfrentem a concorrência das grandes e não sejam prejudicadas pelo avanço das chamadas tecnologias disruptivas. "Vimos hoje como as novas ferramentas tecnológicas estão transformando o mercado", ele alertou. "A reputação e a credibilidade das empresas constituem o seu principal patrimônio."
Ele também ressaltou a importância de haver instituições sólidas: "Em 1967, um grupo de pesquisadores começou a acompanhar o desenvolvimento de dois países que, à época, estavam em patamares muito semelhantes: Gana e Coreia", ele contou. "Hoje, vemos as diferenças abissais entre os dois países. O estudo não concluiu, como pode supor o senso comum, que a grande diferença deveu-se aos investimentos em educação feitos pelos coreanos. A vedade é que a força das instituições da Coreia foi o fator preponderante", informou.
O segundo convidado a falar neste Painel foi Paulo Peppe, também ele sócio de uma firma de Auditoria de Pequeno e Médio Portes (FAPMP). Avisando de antemão que não se censuraria, Peppe criticou de maneira contundente as empresas que não seguem boas práticas, praticam a concorrência desleal e, aceitam o aviltamento dos honorários.
"O termo compliance deriva do verbo to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. Portanto, estar em compliance é o mesmo que estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos", ele ressaltou.
Marco Aurelio Cunha de Almeida, vice-presidente de Registro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), participou do Painel como um representante do "lado regulador" e foi enfático na defesa do conjunto regulatório existente.
Ao final do Painel, os participantes responderam algumas perguntas enviadas pelos conferencistas. E a conclusão prevalente foi: o compliance regulatório é uma exigência para todos os tipos de empresas, de diferentes portes e ramos de atuação. Nas firmas de auditoria, as exigências da gestão também são uma realidade - e, aos sócios, cabe seguir os requisitos e as exigências do mercado, por mais que isso lhes imponha desafios.
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