Conexão Contábil Nacional aborda a evolução da contabilidade e os desafios da profissão

Por Rhafael Padilha 
Comunicação CFC

Uma ciência social aplicada, que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade, com objetivo de auxiliar a gestão na tomada. Com essas definições, a 3ª edição do Conexão Contábil Nacional, que acontece em Palmas (TO) apresentou, nesta quarta-feira (6), o painel “Contabilidade Empreendedora e a Expansão de Oportunidades”. A moderadora da palestra e conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Katiucya Julião de Moura Manfredini, fez um convite aos participantes para criarem forças e coragem para mudar, aprender e expandir a mentalidade. 

“Mudar é complicado, mas acomodar-se é perecer. Machado de Assis, autor dessa frase, não falava em contabilidade, mas sim em mentalidade. E quando ele nos alerta que acomodar-se é perecer, ele está dizendo que o profissional que se acomoda, desaparece. A contabilidade empreendedora não é somente um trato de números, mas também uma tomada de atitudes e oportunidades”, definiu Katiucya. 

Em seguida, os palestrantes, Adriano Melo Nepomuceno, contador, empresário contábil e especialista em IRPF, e Roberto Morais, consultor de negócios, escritor e professor universitário puderam expandir o assunto durante o evento. Para Adriano, o objetivo desse painel não é vender uma fórmula pronta de como atuar nos ramos de contabilidade. “Vamos fazer aqui um apanhado dentro de todo tempo de experiência que adquiri em consultoria. Hoje existem alguns gargalos e vamos apontar cinco deles. Se pudermos entender que ‘eu nada sei e tudo que eu sei eu posso melhorar, eu vou encontrar força e coragem para dizer: hoje vou aprender algo novo e que possa melhorar o meu dia a dia’. Isso é permitir absorver e aprender novos ensinamentos”, comentou Adriano. 
 
Na opinião de Roberto Morais, a contabilidade é uma das carreiras mais desafiadoras do mundo atual. Isso se dá devido aos impactados criados pelo ambiente competitivo de negócios e pela legislação brasileira. Talvez sejamos o tipo de profissional que mais precisa estudar. Traremos hoje algumas reflexões sobre esse tema com muita responsabilidade e conhecimento”, afirmou Roberto. 

Quanto aos “gargalos” que Adriano Melo se referiu, os principais são: profissionais presos 100% ao modo operacional e a falta de tempo para focar na gestão/consultoria; carteira estagnada e profissional refém do cliente; honorários baixos, margens apertadas e falta de recursos para investimento; contador perdido com tantas opções de sistemas e tecnologias; e por fim, a falta de foco/motivação para voltar a estudar e reaprender tudo que precisa. “Na vida você tem duas escolhas: sentar e chorar ou buscar trabalho e evoluir”, completou o empresário. 

Outro assunto abordado na palestra foram aspectos relevantes no ambiente das micro e pequenas empresas brasileiras. “Percebemos hoje uma maior maturidade de gestão, maior investimento em capital humano e um movimento de profissionalização da liderança diante de mudanças velozes. Há competitividade extrema. Também cito aqui a necessidade de adequação a práticas de sustentabilidade, governança e responsabilidade social”, finalizou Roberto. 

A 3ª edição do Conexão Contábil Nacional é promovida pelo CFC, em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade do Tocantins (CRCTO). Hoje é o último dia do evento, que acontece no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, sede administrativa do Governo do Estado de Tocantis.

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