Por Deividi Lira/Agência Apex
Comunicação CFC
Conselheiros da Câmara de Fiscalização, Ética e Disciplina do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), vice-presidentes de Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), diretores e fiscais do Sistema CFC/CRCs, assistiram, durante o Seminário de Fiscalização, ao painel “Demonstrações contábeis de entidades desportivas: o que fiscalizar segundo ITG 2003 e OTG 2003?”. O objetivo foi discutir os aspectos essenciais das normas contábeis aplicáveis às entidades desportivas, no contexto dos procedimentos fiscalizatórios. Com foco nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCS), os participantes receberam uma ampla capacitação.
O painelista, o conselheiro do CFC e membro coordenador do grupo de trabalho que elaborou a Interpretação Técnica Geral (ITG) 2003 e a Orientação Técnica Geral (OTG) 2003, Glaydson Trajano, destacou os pontos críticos a serem verificados pela contabilidade das entidades desportivas, assegurando que as demonstrações contábeis delas estejam em conformidade e reflitam de maneira transparente a sua realidade econômica.
O conselheiro também apresentou números e balancetes de alguns times do futebol brasileiro, que demonstraram a importância da qualificação dos profissionais da contabilidade para trabalharem nessa área e reforçou o papel do CFC a partir do Fair Play Financeiro, que se trata de um mecanismo que analisa a situação financeira para manter a transparência e tornar o “jogo limpo” (tradução do termo para o português), principalmente nas questões relacionadas às receitas geradas e despesas dos clubes futebolísticos.
“O Fair Play Financeiro trouxe preocupação para todos os players envolvidos e provocou o Conselho Federal de Contabilidade, que é o órgão que edita as normas. Então, o pedido era para que a gente pudesse revisar as nossas normas, sobretudo também em função da internacionalização, da aderência ao IFRS e essa demanda veio das empresas de auditoria. Todo esse movimento de implementação de Fair Play Financeiro, baseado no modelo europeu, a internacionalização das normas, a profissionalização da gestão no futebol, fez com que o CFC criasse um grupo para fazer a revisão da nossa ITG de 2013”, explicou. A debatedora desse painel foi a conselheira Luana Aguiar.
O público presente também assistiu ao painel “Perícia Contábil: o que é essencial neste procedimento fiscalizatório?”, apresentado pelo coordenador do programa de pós-graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Erivan Ferreira Borges, e teve como debatedor o conselheiro Domingos Sávio; e a palestra “Explorando a IA generativa: utilização, vantagens e riscos das ferramentas gratuitas”, ministrada pelo professor do Instituto Federal de Brasília (IFB), Marcos Ramon Gomes, a qual teve como moderador o conselheiro do CFC, Norton Thomazi.
O evento foi promovido pela Câmara de Fiscalização, Ética e Disciplina nessa quarta (26) e quinta-feira (27) em Brasília (DF).
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