Bianca Sampaio
Comunicação Social
Na última sexta-feira (23), teve início a 9ª edição do Seminário de Governança Municipal para Prefeitos e Gestores Públicos, em São Paulo. Com o tema “O papel da auditoria interna no fortalecimento da governança”, o Superintendente da Controladoria Regional da União do Estado de São Paulo, Fábio da Silva Araújo, falou das ações desenvolvidas pela auditoria interna no âmbito da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado ao Poder Executivo federal.
Fábio explicou que houve, recentemente, uma reformulação em seis secretarias, visando a uma necessária mudança na forma de atuação e na percepção sobre a auditoria e o controle interno, como um trabalho de colaboração e contribuição para solução, por meio das técnicas.
“Estamos trabalhando bastante no sentido de modificar essa perspectiva de que a auditoria vem para pontuar falhas. Faz-se necessário mostrar a atuação do controle interno por meio da auditoria, visando apontar soluções e salientar a integridade pública”, afirmou.
Ele apontou que os auditores devem contribuir com o gestor na administração dos recursos públicos em favor da sociedade. “Atuamos com uma auditoria interna que contribui com o gestor público. Não é de fácil trato a questão do recurso público, porque temos recursos escassos, necessidades cada vez mais crescentes, uma população cada vez mais exigente e participativa”, pontuou Fábio.
Em sua fala, Araújo evidenciou a importância de perceber que a auditoria interna não se trata somente dos números, mas de resultados, efetividade da política pública dos gastos e desenvolvimento de uma auditoria interna eficaz, que busca auxiliar o gestor com a verificação tanto do desenho da política quanto daquilo que acontece de fato.
“É identificar, dentro da perspectiva de gestão de riscos e de verificação de resultados, se aquele desenho da política para aquela realidade que se instala está com o alcance que se espera”, disse.
Explicou que ter o controle interno não é para domínio, mas para trabalhar como parceiro e desenvolver as políticas públicas em favor da sociedade. “Não somos um órgão que dedura e controla, mas o inverso”, observou Fábio.
Para o superintendente, o objetivo, a partir de 2017, foi desenvolver auditoria interna utilizando padrões internacionais, que levam em conta a gestão de risco e, mediante uma modelagem única, saber que as decisões pertencem ao gestor, e não ao controle interno.
Por fim, ele enfatizou que o papel da auditoria interna é estimular e demonstrar que, se houver cautela e ações estratégicas, a aplicação dos recursos será muito mais eficaz. Ou seja, caso exista o gerenciamento de riscos ao se aplicar os recursos, é possível o mapeamento e controle destes e uma eficácia maior na sua aplicação e na prestação de contas. “É isso que a auditoria interna faz e tenta mostrar ao gestor”, concluiu.
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