Por Daniel Bruce
Comunicação CFC
A 34ª edição do Circuito Técnico, organizada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por intermédio da Coordenadoria Técnica do CFC (COTEC), foi realizada nesta terça-feira, 23, e abordou o tema "Crédito de Carbono – impactos nos negócios", que tem sido amplamente debatido no âmbito da agenda ESG.
O evento contou com transmissão pela plataforma Zoom, para os inscritos, e também foi veiculado no canal do CFC no YouTube, para o público em geral. A participação no encontro, com a inscrição devidamente realizada, gera pontuação no Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC) do CFC.
A abertura do webinar foi conduzida pelo conselheiro da Câmara Técnica, Aloísio Rodrigues da Silva; a moderação ficou a cargo da vice-presidente Técnica, Ana Tércia. Já os painéis foram apresentados pela conselheira do CFC, Sônia Gomes; e pelo professor doutor do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA-USP, Eduardo Flores.
Na oportunidade, a vice-presidente Técnica do CFC falou da importância da realização do Circuito Técnico para os profissionais da contabilidade. “É uma satisfação receber especialistas, estudiosos e profissionais que se dedicam à pesquisa, aos trabalhos e à produção científica”, pontuou Ana Tércia.
Sônia Gomes apresentou aos participantes um panorama geral que incluiu mudanças climáticas, mercado de carbono, créditos de carbono, implicações para os negócios e aspectos contábeis. A conselheira destacou que a ação do homem tem elevado os níveis do aquecimento global.
Sobre o comércio de emissões, Sônia Gomes enfatizou que ele permite que reduções sejam obtidas pela utilização de diferenças no custo da diminuição de emissões em diferentes países, uma vez que gases responsáveis pelo efeito estufa se espalham uniformemente na atmosfera.
Segundo a conselheira, os prejuízos resultantes das emissões e os benefícios por suas reduções são independentes da sua origem. “Reduções de emissões obtidas na Espanha, por exemplo, podem ser creditadas à Alemanha, onde elas teriam maiores custos ao serem realizadas”, afirmou Sônia Gomes.
Para Eduardo Flores, o chamado “processo contábil” permite a tradução de eventos econômico-financeiros para a realidade da contabilidade. Na sequência, o professor explicou o conceito de créditos de descarbonização e os debates técnicos realizados em torno da temática.
O especialista destacou, ainda, a criação do Grupo de Trabalho (GT Crédito de Carbono), que foi constituído pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), no segundo semestre de 2022, com o objetivo de alcançar entendimentos que pudessem culminar com uma orientação relativa à contabilização de ativos créditos ambientais.
Para assistir ao evento, na íntegra, clique aqui.
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