Por Lorena Molter
Comunicação CFC
“Inovação em tecnologia e soft skills na formação do profissional da contabilidade” foi o tema do primeiro painel do Conexão Contábil, edição Sul. A apresentação aconteceu na tarde desta terça-feira (30) seguindo o formato híbrido. Ao todo, cerca de 2.000 pessoas acompanharam a exposição, somando aqueles que estavam na sede do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), em Curitiba, e o público que assistiu ao evento pelo formato digital.
“Inovação e tecnologia tocam profundamente, e há muito tempo, a Contabilidade no Brasil. O profissional da contabilidade é aquele que, obrigatoriamente, teve que ter contato com certificação digital, há muitos anos, e com sistemas e tecnologias. Essa familiaridade com inovação e tecnologia são características que combinam bem com o profissional da contabilidade. E o que dizer das soft skills, que nada mais são que habilidades do ser humano que dizem respeito ao seu comportamento em sociedade?”, explicou o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e moderador da palestra, Haroldo Santos Filho.
O presidente do CRCPR, Laudelino Jochem, foi um dos painelistas e iniciou a sua apresentação explicando ao público o conceito de inovação, tanto no campo filosófico quanto no contexto da realidade mercadológica. “Inovar é a condição indispensável que vai nos separar desse presente que estamos vivendo entre o sucesso e o fracasso”, afirmou.
Jochem também ressaltou a necessidade de os profissionais da contabilidade aprenderem a lidar com o tempo para que consigam realizar mais inovações. “O primeiro ponto que nós contadores precisamos superar é a falta de tempo. Um percentual muito grande, quase a totalidade dos contadores, que efetivamente se engajam em empresas de contabilidade ou em organizações têm dificuldade de lidar com o tempo”, alertou.
Durante a apresentação, o contador enumerou quatro meios para que um profissional se torne inovador, entre eles estavam qualificação técnica, equilíbrio emocional, relacionamento e comunicação e visão estratégica.
Dando continuidade, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), contador Márcio Schuch Silveira, apresentou um estudo, de 2019, sobre competências necessárias para um bom desempenho no mercado desenvolvido pela Chartered Global Management Accountant (CGMA). O painelista esclareceu que nesse material é indicado que o ponto de partida a ser considerado para o destaque profissional é a ética, a integridade e o profissionalismo. “Eu tenho certeza absoluta de que o bom profissional, que tem sucesso na sua carreira, que tem realização pessoal, está em consonância com isso. Ele é ético, íntegro e profissional”, frisou.
Somado a essas qualidades, foram apontadas, a partir de uma pesquisa desenvolvida pela mesma organização em 2014, as habilidades que o profissional precisa ter no mercado de trabalho, sendo elas o conhecimento técnico, entendimento sobre negócios, o relacionamento interpessoal e capacidade de liderança. Segundo Schuch, na pesquisa de 2019, a CGMA revisitou essas competências e incluiu na lista o domínio da tecnologia e dos assuntos digitais.
O conselheiro do CFC, contador Elias Dib Caddah Neto, iniciou a sua fala ressaltando a importância da curiosidade para que o profissional saia da zona de conforto e evolua. Em um momento de reflexão inicial, o painelista esclareceu que, atualmente, não basta ter um currículo robusto. Segundo Caddah, ter soft skills é fundamental e pesam na avaliação de cada profissional. O contador apresentou uma lista dessas habilidades para o público, entre elas estavam capacidades como comunicação, trabalho em equipe, resiliência, proatividade, ética no trabalho, pensamento crítico, criatividade, empatia, liderança, positividade, atenção para ouvir e gerenciamento de tempo.
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