Por Comunicação do CFC
Colaboração Simone Kuperchmit
Os relatórios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) e os de sustentabilidade vêm evoluindo há muitos anos, a fim de refletirem a necessidade das organizações de receberem melhores informações. Desde 2010, os relatórios integrados têm sido elaborados visando abranger as informações e criar valor. Várias normas têm sido desenvolvidas para o ESG e os relatórios de sustentabilidade, como as Sustainability Accounting Standards Board (SASB, na sigla em inglês), Global Reporting Initiative Sandards (GRI Sandards, na sigla em inglês) e Carbon Disclosure Project (CDP, na sigla em inglês).
Hoje, a atenção está voltada para uma norma global de sustentabilidade focada no investidor e que forneça informações comparáveis e confiáveis. Um grande desafio é fazer com que os investidores compreendam as verdadeiras fontes de criação de valor e suas oportunidades e riscos. Atualmente, um importante fator para a criação de valor vem do dinheiro que está sendo destinado à concepção de ativos intangíveis.
Por muitos anos, os relatórios financeiros desempenharam um papel essencial na governança e em accountability, pois a performance financeira sempre foi o principal elemento integrador dos recursos organizacionais. A declaração de rendimento nos mostrava quais receitas eram auferidas e como o dinheiro tinha sido gasto para obter essa renda.
Na atualidade, as organizações despendem grandes quantias na criação e sustentação de ativos intangíveis, muitos dos quais são as fontes de valor de seu modelo de negócios. O cumprimento das normas contábeis determina que tais gastos não constituem um ativo que possa constar do balanço, e, assim, à medida que os gastos são debitados e esgota-se o patrimônio líquido dos investidores também está sendo construído valor para a organização.
O que é igualmente preocupante é que não se relata o "gasto" acumulado ou a amortização desses intangíveis. O International Integrated Reporting Framework afirma que "o objetivo principal de um relatório integrado é explicar aos investidores de capital financeiro como uma organização cria, preserva ou desgasta valor ao longo do tempo. Portanto, ele contém informações relevantes, tanto financeiras quanto outras". Esta falta de transparência em torno dos intangíveis cria um risco significativo para os investidores.
Fonte: site da Ifac
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