Por Amanda Oliveira
Comunicação CFC
“Liderança da mulher no mundo corporativo - Governança, Compliance e Sustentabilidade”. Esse foi o tema do segundo painel da 10ª edição da Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, que aconteceu neste mês, no dia 10. A palestra contou com a participação de Andrea Marçon Bocabello, diretora jurídica do Grupo Fleury, Carla Trematore, membro do Comitê de Auditoria de diversas empresas públicas e Monica Foerster, diretora de Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Portes do Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes (Ibracon).
Durante o evento, realizado de forma híbrida (digital e presencial), as convidadas abordaram os desafios das mulheres em cargo de chefias, apresentaram cases de empresas que adotam a política da inclusão e levantaram quais são as tendências para o futuro. Em seu discurso, Monica Foerster enfatizou algumas práticas que podem estimular a diversidade nas corporações. “Os programas de mentoria, por exemplo, conectam os profissionais e criam uma rede de apoio. Já em casos específicos, quando uma mulher tem alguma restrição, podemos pressupor prazos distintos e horários flexíveis. Precisamos olhar com empatia porque essa cultura tem sido cada vez mais estimulada. Tudo isso, vai possibilitar com que ganhemos mais espaços“.
Para Carla Trematore, uma vez estabelecida essa parceria, todos os atores da sociedade serão beneficiados. “A inclusão é mais do que importante e o mercado já sabe disso. Estudos revelam que, com uma política bem estabelecida, as corporações geram mais valor de longo prazo e com isso os acionistas têm um maior retorno. Além disso, precisamos levantar que existem muitas mulheres capacitadas em universidades e empresas. Elas ocupam esse lugar não pela inclusão, mas pela competência”, pontuou.
Ela ainda deixou um recado para o público: “mulheres, acreditem em si mesmas, pois vocês podem chegar a qualquer lugar. Homens, enxerguem e nos incentivem porque é preciso colaborar de forma ativa”.
Segundo Andrea, as práticas citadas “fariam muita diferença para a carreira das mulheres. Elas sairiam do grau de analistas para coordenações, depois iriam para gerências e, finalmente, diretorias”.
Ao ser chamado para o debate, o presidente do Ibracon, Francisco Sant'Anna, enfatizou o papel da organização nesse processo. “Defendemos um conjunto de ações para que todos possam ter condições de estudo e desenvolvimento profissional. Nossa razão básica é ser uma entidade técnica que dissemina conhecimento, defende a profissão e contribui com os reguladores, com os outros órgãos de governança. Mas precisamos dar um passo a mais e também trabalhar nesse sentido positivo que a sociedade demanda”.
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