Especialista apresenta possível cenário econômico para o Brasil em 2022

Por Ingrid Castilho
Comunicação do CFC

O ano de 2022 parece ser uma incógnita para muitos brasileiros, mas para a economista Patrícia Palermo o cenário do Brasil já está muito bem desenhado. Durante a sua palestra na XXXIV Conferência Interamericana de Contabilidade e XVIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (19), ela reforçou que o próximo ano “será marcado por uma recuperação econômica que perderá o ritmo” ao longo do tempo.

Crédito: Mario Quintana - Imprensa CIC-CCRS

Segundo a especialista, essa desaceleração ocorrerá principalmente devido à inflação. Ela registrou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), avalia 377 produtos e serviços e que cerca de 60% dos itens têm aumentado todos os meses.

Patrícia também explicou que o indicador tende a impactar o orçamento dos brasileiros, que já se encontra mais apertado por causa da pandemia. Ademais, a inflação afetará não só o valor dos bens como também dos serviços, devido a uma demanda que gera alta nos preços. “Então nós teremos no ano de 2022, uma inflação que ainda vai pressionar o orçamento das famílias e um crescimento dos juros para justamente tentar contê-la”, sintetiza a especialista.


Durante a apresentação, a economista também mostrou como o Brasil vive alguns entraves e como eles repercutem para o seu crescimento. Além da inflação, há a taxa de juros em elevação, um possível populismo fiscal e as eleições do próximo ano. “Considerando que 2022 é um ano eleitoral, é fundamental se atentar às promessas de cunho político-econômico dos candidatos ao pleito. A pandemia da Covid-19 foi responsável por diversos reflexos econômicos em todo o mundo. O ano de 2021 ainda apresenta sinais de precaução, mas a economia em 2022 já aponta para oportunidades de recuperação”, disse Patrícia.

A especialista também frisou que a falta de vacinação contra a Covid-19 adiou a retomada significativa do comércio. Embora ela tenha alcançado cerca de 70% da população, no contexto atual, as consequências relativas às oportunidades e aos empregos ainda serão sentidas no próximos anos. “Tem a característica de aumentar ainda mais a desigualdade no Brasil”, ressaltou.

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