CFC participa de reunião para discutir programa de apoio aos empreendedores

Por Juliana Oliveira
RP1 Comunicação

MEC e Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresas querem apoio de conselhos de classe para qualificar novos empresários

O Conselho Federal de Contabilidade, representado pela conselheira Sandra Batista, participou, na quarta-feira (24), de reunião com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Paulo Barone, e com o secretário Especial da Micro e Pequena Empresa (Sempe), José Ricardo da Veiga, para discutir a construção de um projeto de apoio aos empreendedores. A reunião ocorreu no prédio do MEC e contou, também, com a participação de representantes do Conselho Federal de Administração (CFA) e do Sebrae.

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Da esq. para a dir.: secretário Especial da Micro e Pequena Empresa, José Ricardo da Veiga; conselheira do CFC Sandra Batista; presidente do Conselho Federal de Administração (CFA), Sebastião Luiz Mello; secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Barone; representante do Sebrae, Olivia; e o diretor da Câmara de Formação Profissional do CFA, Mauro Kreuz.

A crise econômica atingiu o mercado de trabalho e deixou cerca de 12 milhões de brasileiros desempregados. Segundo Barone, parte dessas pessoas busca no empreendedorismo uma alternativa de renda, mas nem sempre têm qualificação adequada. “É comum vermos empreendedores por necessidade fecharem seus negócios por falta de habilidade empreendedora. Já reduzimos bastante essa taxa, mas ainda é elevada. O que queremos é qualificar essas pessoas para que elas empreendam com sucesso, ou para que se requalifiquem para voltar ao mercado de trabalho”, defendeu.

O projeto apresentando pelos representantes do governo prevê que alunos dos cursos de contabilidade e administração forneçam capacitação aos novos empreendedores usando a metodologia desenvolvida pelo Sebrae. “Os alunos seriam orientados pelos seus professores, com base num conteúdo mínimo apresentado pelo Sebrae. É algo muito parecido com o que ocorre com os Núcleos de Práticas Jurídicas, nos cursos de direito”, disse Barone. Segundo o secretário, as Instituições de Ensino que cumprirem o programa receberão um selo de certificação. “É uma proposta positiva porque atendemos a uma demanda da sociedade, os alunos ganham porque aproximam sua formação da prática numa área vasta, os conselhos ganham porque estão mais próximos dos alunos que serão profissionais em breve e as universidades ganham porque terão um selo que pode ser um diferencial competitivo”, afirmou.

Sandra elogiou a proposta e ressaltou a necessidade de construir um programa sólido para que a certificação tenha credibilidade para a sociedade. “Agrada-nos a interação que o projeto pode promover entre os acadêmicos, empreendedores, instituições de ensino e parceiros e o desenvolvimento da cultura do empreendedorismo que pode gerar impactos positivos na economia, seja pela melhora no índice de sucesso e sobrevivência dos pequenos e médios negócios, seja pela da conscientização dos alunos sobre alternativa para o exercício da carreira. Mas é importante que nos atentemos para a perenidade da iniciativa para que o selo seja, de fato, um instrumento de distinção positiva e não apenas mais um selo, com a chancela das instituições”, alertou.

Ficou acertado que o MEC e a Sempe farão um ofício convidando as entidades para constituir um grupo de trabalho para desenvolver o projeto. O objetivo é que seja lançado ainda este ano.

 

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