CFC alerta para fim do prazo de entrega do Imposto de Renda

Por Joana Wightman
RP1 Comunicação

Para evitar erros na declaração, conselheira recomenda verificação das informações antes do envio do formulário

Nesta sexta-feira (28/4) termina o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF) 2017, ano-base 2016.  A expectativa da Receita Federal é que 28,3 milhões de pessoas entreguem a declaração até o fim do prazo. Os contribuintes que perderem a data de entrega ficam sujeitos ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.

Para preencher a declaração, a conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Sandra Batista recomenda paciência e conferência das informações constantes nos documentos sobre os rendimentos. “Alguns problemas ocorrem por erros de digitação, esquecimento ou omissão de informações. Quando o erro não é corrigido, a declaração vai para a malha fiscal que identifica a divergência encontrada por meio do cruzamento de dados do contribuinte com o das fontes pagadoras”, aponta.

Nos casos em que o contribuinte detectou o erro depois do envio da declaração, é necessário acompanhar pelo site da Receita Federal e identificar se a declaração já foi processada ou está em malha fiscal. Numa omissão de receita, por exemplo, seja por vínculo empregatício ou atividade autônoma, o contribuinte receberá notificação, além de ter de pagar por tributos devidos e seus encargos.

A conselheira ressalta ainda que o contribuinte não deve se esquecer de declarar as transações em que tenha havido ganhos de capital, como a venda de um imóvel por valor superior ao de sua aquisição. “Nesses casos, é necessário registrar essa operação no Programa de Apuração de Ganho de Capital, da Receita Federal e, depois, exportar essas informações para a declaração do Imposto de Renda”, explica.

A prestação de contas com o “leão” engloba informações sobre rendimentos, evolução patrimonial e deduções. A dica da conselheira é criar o hábito de organizar os documentos em uma pasta ao longo do ano. “O ideal é sempre estar preparado para a declaração no ano seguinte, reunindo os documentos, como os de despesas médicas e educação. A organização é a base para uma mudança de cultura”, afirma Sandra.

De acordo com a Receita Federal, até às 11h de hoje (26) já haviam sido entregues cerca de 20 milhões de declarações. As restituições começarão a ser pagas em 16 de junho e seguem até dezembro, para os contribuintes cujas declarações não caíram em malha fina.

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